Neurodivergencias

10- Tylenol causa autismo? O que Trump disse?

Tylenol causa autismo? Cissa Bailey, advogada americana, explica o que exatamente Trump disse na coletiva de impressa a respeito do autismo

Tylenol causa autismo? Em entrevista, Cissa Bailey explica as correlações entre autismo, uso de Tylenol (acetaminofeno) na gestação e cronogramas de vacinação. 

De acordo com a afirmação da Cissa Bailey, existe a correlação entre autismo e Tylenol, mas não há evidências cientifícas que o Tylenol sozinho ou em conjunto com as vacinas causa o autismo. Segundo o estudo, o Tylenol aumenta o risco, porém não é a causa, já que o autismo é de amplo espectro, sendo sua principal causa genética.

A grande mídia tirou completamente do contexto tudo que foi falado. A gente está há anos debatendo isso, mas sempre somos taxados de negacionistas.” — Cissa

 

A relação entre autismo, uso de medicamentos durante a gestação e vacinas é um dos temas mais controversos da medicina contemporânea. Nos últimos anos, uma série de debates envolvendo políticos, médicos e ativistas trouxe à tona discussões sobre possíveis correlações entre autismo, o uso de Tylenol (acetaminofeno) em grávidas e os efeitos de certos injetáveis infantis.

Cissa Bailey, convidada especial, trouxe à tona um conjunto de críticas à grande mídia, às farmacêuticas e ao modo como a ciência tem sido conduzida. Entre depoimentos pessoais, referências a pesquisas científicas e acusações sobre a influência de corporações, a conversa se transformou em um verdadeiro mosaico de tensões entre saúde pública, política e psicologia.

O grande problema é a combinação: o injetável dado no mesmo dia em que a criança recebe Tylenol.” — Cissa


Pesquisa Científica: tylenol causa autismo?

Um dos pontos centrais levantados foi a crítica à rapidez com que certos medicamentos foram aprovados e aplicados em larga escala.

Segundo Cissa:
Aqui nos Estados Unidos, qualquer medicamento precisa passar por estudos de curto, médio e longo prazo. Isso leva mais de dez anos. No caso  da vacina lançada durante a pandemia, isso não aconteceu. Mesmo assim, as farmacêuticas mantiveram imunidade contra processos.

Existe uma correlação forte, admitida pela própria fabricante e apoiada por estudos, entre o uso de Tylenol durante a gravidez e o aumento de casos de autismo.

Alguns estudos observacionais levantaram a hipótese de uma associação entre o uso de paracetamol na gestação e um risco aumentado de transtornos do neurodesenvolvimento, como TEA e TDAH.

No entanto, a comunidade científica majoritária, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e diversas agências regulatórias, afirma que não há evidências científicas robustas para comprovar uma relação causal.

Destaco aqui que a OMS garantiu que as vacinas contra Covid eram seguras e que a população poderia fazer uso sem medo. Meses depois, descobre-se que as vacinas causaram mortes, tramboses e problemas cardíacos. A OMS é realmente confiável?

Muitos estudos mais recentes e amplos, incluindo um com 2,4 milhões de crianças, não encontraram essa ligação, sugerindo que outros fatores (genéticos e ambientais) podem ser a causa.

A recomendação geral é que o paracetamol seja usado com cautela na gravidez: na menor dose eficaz, pelo menor tempo possível e sempre com orientação médica.

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Tylenol e Gravidez:  Aumento dos Casos de Autismo

O tema mais polêmico da entrevista foi a possível correlação entre o uso de Tylenol durante a gravidez e o aumento do número de diagnósticos de autismo.

Cissa destacou:
Eu tive duas gravidezes aqui nos EUA. Qualquer dorzinha de cabeça, qualquer febre, a orientação era sempre: tome Tylenol. Agora vemos estudos mostrando que a própria fabricante admitiu danos e que existe uma correlação com o aumento de casos de autismo.

Do ponto de vista científico, ainda não há consenso absoluto. Estudos epidemiológicos sugerem que fatores ambientais, genéticos e farmacológicos podem interagir, mas a complexidade do espectro autista exige cautela.

Tylenos causa autismo
Tylenos causa autismo

Aumento da Prevalência do Autismo

Houve um aumento explosivo nos casos de autismo, de 1 em 10 mil nos anos 70 para 1 em 32/33 atualmente.

O aumento no número de diagnósticos é real e documentado. Dados do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) mostram um aumento de 1 em 150 crianças em 2000 para 1 em 36 em 2023. As principais razões apontadas pela ciência para esse aumento são:

  • Ampliação dos critérios diagnósticos: O conceito de “espectro” incluiu casos mais leves que antes não eram diagnosticados.
  • Maior conscientização: Pais, professores e médicos estão mais informados sobre os sinais do TEA, levando a diagnósticos mais precoces e frequentes.

Vacinas, Mercúrio, Alumínio e Autismo

Sergundo Cissa, o aumento do número de vacinas e a presença de mercúrio e alumínio nelas são fatores que, combinados com o Tylenol, potencializam o risco de autismo.

O estudo de 1998 que originalmente sugeriu uma ligação entre a vacina tríplice viral e o autismo foi comprovadamente fraudulento e retirado da revista que o publicou.

O tiomersal, um conservante à base de mercúrio, é usado em algumas vacinas multidose em quantidades que não representam risco à saúde, segundo a OMS e a Fiocruz.

Sais de alumínio são usados como adjuvantes para melhorar a resposta imune da vacina, e a quantidade presente é considerada segura.

Inúmeros estudos de larga escala não encontraram nenhuma evidência que associe vacinas ao autismo.

O grande problema é a combinação: o injetável dado no mesmo dia em que a criança recebe Tylenol. Essa potencialização pode ser uma das causas prováveis do autismo”, argumentou Cissa.

Na neurociência, existe o conceito de “janelas de vulnerabilidade”: momentos em que o cérebro é mais suscetível a agentes externos. A fase da poda neural, entre 1 e 2 anos, foi citada como crítica, coincidindo com o período em que muitos pais relatam regressão em habilidades de seus filhos.


A Indústria dos Laudos e a Comercialização do Diagnóstico

Um ponto sensível para famílias foi a denúncia de uma “indústria dos laudos”, onde qualquer comportamento atípico é rapidamente associado a autismo, TDAH ou TOD.

Hoje em dia tudo é autismo. Uma criança mais introspectiva já ganha rótulo. Isso gera lucro para terapeutas, tiktokers e empresas, mas tira a credibilidade da pesquisa séria”, ressaltou a entrevistada.

Esse processo afeta diretamente a psicologia clínica, pois inflaciona diagnósticos, estigmatiza famílias e cria distorções no acompanhamento de crianças que realmente necessitam de apoio especializado.


Robert F. Kennedy Jr. e Anthony Fauci

RFK Jr. é um estudioso sério sobre os perigos das vacinas, enquanto Dr. Fauci tem um histórico controverso, incluindo experimentos questionáveis durante a crise da AIDS.

      • Robert F. Kennedy Jr. é uma figura conhecida por sua postura cética em relação às vacinas e por promover teorias desmentidas, como a ligação entre vacinas e autismo. Recentemente, como Secretário de Saúde no governo Trump, ele tomou medidas polêmicas, como demitir o comitê de especialistas em vacinas e cancelar o financiamento para o desenvolvimento de vacinas de mRNA.

    • Dr. Anthony Fauci é um imunologista renomado que liderou o NIAID (Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas) por 38 anos. Ele foi uma figura central na pesquisa sobre o HIV/AIDS desde o início da epidemia nos anos 80. Embora sua abordagem inicial tenha sido criticada por ativistas da AIDS, ele posteriormente colaborou com eles, ajudando a acelerar a pesquisa e o desenvolvimento de tratamentos que salvaram milhões de vidas.

“A gente falava muito do doutor Fauci, inclusive, né? Que existe uma relação muito curiosa entre a entrada do Fauci com o advento do HIV… O cara é um nazista, né?  O que a imprensa está falando? Eles estão falando de ideias da cabeça deles; eles não estão falando baseados nas pesquisas.”


Suramina como Tratamento para Autismo

Um medicamento está sendo estudado para “reverter” sintomas do autismo com sucesso.

A Suramina, um medicamento antigo usado para a doença do sono, foi testada em um pequeno ensaio clínico para autismo. Embora os resultados preliminares em um número muito limitado de crianças tenham mostrado algumas melhoras comportamentais, os próprios pesquisadores e outros especialistas alertam que os estudos são inconclusivos e preliminares. A substância não tem eficácia comprovada para o tratamento do autismo e não é um tratamento aprovado para essa finalidade.


Impactos Reais na Vida das Famílias

Entre análises científicas e críticas à mídia, a conversa também trouxe depoimentos pessoais carregados de emoção.

Camila relatou sobre o filho:
Meu filho não fala, anda na ponta dos pés, se autoagride. Para uma mãe como eu, qualquer pesquisa ou medicamento que alivie sintomas é uma redenção. A gente mal consegue dormir.

Essa dimensão humaniza o debate. A neurociência explica parte dos sintomas, mas é a psicologia que se ocupa do impacto emocional, social e familiar do diagnóstico. Pais e mães vivem em constante estado de sobrecarga emocional, oscilando entre esperança e frustração.


A Polêmica do Homeschooling e o Papel da Escola

Outro ponto discutido foi a obrigatoriedade escolar no Brasil. Cissa foi enfática:
Nos Estados Unidos, o homeschooling é comum. No Brasil, o conselho tutelar persegue pais que não colocam filhos na escola, mas muitas vezes ignora abusos dentro das próprias escolas.

Essa discussão remete a aspectos psicológicos e de neurodesenvolvimento, pois o ambiente escolar pode tanto estimular quanto sobrecarregar crianças neurodivergentes.


O Uso Excessivo de Telas e a Confusão com Autismo

A entrevista também abordou a questão do uso massivo de telas.

Segundo Camila:
Muitas crianças hoje simulam sintomas de autismo por conta das telas: isolamento, movimentos repetitivos, irritabilidade. A mídia não fala disso.

Especialistas e estudos confirmam que a exposição excessiva e precoce a telas (celulares, tablets, TV) não causa autismo, mas pode levar a comportamentos que se confundem com os sintomas do TEA. Esse fenômeno, apelidado de “autismo virtual” (um termo não clínico), inclui atrasos na fala, dificuldade de interação social, pouco contato visual e interesses restritos.

A Organização Mundial da Saúde recomenda que crianças menores de 2 anos não sejam expostas a telas e que, entre 2 e 5 anos, o tempo seja limitado a no máximo uma hora por dia, sempre com supervisão. A interação humana, a brincadeira e a exploração do mundo real são insubstituíveis para o desenvolvimento neurológico e social saudável.

Entre Narcisismo, Rótulos e Redes Sociais

É igual ao narcisismo. Todo mundo agora é narcisista. As pessoas querem rótulos para tudo”, disse Cissa.

Essa “glamourização de transtornos” representa um risco: banaliza a psicopatologia, gera autodiagnósticos equivocados e prejudica quem realmente precisa de acompanhamento clínico.

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A luta de uma família que convive com o autismo é repleta de desafios, amor e uma busca incessante por qualidade de vida. É compreensível e legítimo que pais e mães procurem respostas e soluções. No entanto, em um cenário de informações polarizadas, é crucial ancorar essa busca em evidências científicas sólidas.
O diálogo entre a ciência e a sociedade precisa ser fortalecido, com mais empatia por parte dos especialistas para com as angústias das famílias, e mais abertura por parte do público para compreender a complexidade do método científico. A esperança não deve ser abandonada, mas deve caminhar de mãos dadas com a responsabilidade, a cautela e, acima de tudo, a verdade.

No fim das contas, o que mais interessa é o bem-estar das crianças. Demonizar pesquisas pode ser irresponsável, porque pode estar ali a chance de mudar a vida de muitas famílias”, concluiu Cissa.


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