Criminal

12- Agressores Sexuais Em Série

Agressores Sexuais Em Série- Falar de agressores sexuais em série não é explorar o sensacionalismo do crime; é olhar de frente para um problema que exige método, ciência e articulação entre psicologia forense, investigação criminal, políticas públicas e justiça.

Agressores Sexuais Em Série – Falar de agressores sexuais em série não é explorar o sensacionalismo do crime; é olhar de frente para um problema que exige método, ciência e articulação entre psicologia forense, investigação criminal, políticas públicas e justiça.

Quando estudamos padrões psicológicos e comportamentais, deixamos de atuar às cegas e passamos a construir estratégias de prevenção, identificação e manejo de risco que salvam vidas, reduzindo a revitimização e elevando a eficácia das investigações.

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Entre os modelos mais influentes nesse campo está a tipologia proposta por Nicholas Groth, que classificou estupradores a partir de quatro eixos robustos: motivação subjacente, grau de agressão, relação com a vítima e presença de comportamentos antissociais. O valor desse modelo é prático: oferece linhas de base para leitura de cenas, entrevistas, cruzamento de casos e desenho de intervenções. Importa reforçar desde já dois princípios:

  1. Tipologias não são rótulos – um mesmo agressor pode exibir características de mais de um tipo em momentos distintos ou ao longo da carreira criminosa.

  2. Conduta antissocial não é sinônimo automático de transtorno mental – há autores com traços antissociais marcantes sem preencher critérios para transtorno de personalidade; há, também, quem some antissocialidade, psicopatia, parafilias e abuso de substâncias.


O que define um agressor sexual em série

No uso técnico, falamos em agressor sexual em série quando há dois ou mais episódios (em algumas literaturas, três ou mais), separados no tempo, com elementos repetitivos de método, motivação ou ritual. Nem todo estuprador repetirá o crime; entre os que repetem, há quem mantenha padrões estáveis e há quem evolua (no sentido de aumentar risco, abrangência, brutalidade, sofisticação ou migração para outras condutas).

Três dimensões ajudam:

  • Motivação dominante (poder, raiva, degradação sexual, confirmação narcísica, fantasia parafílica).

  • Grau e forma de agressão (força necessária ao controle x força usada para causar dor; escalada ao longo do tempo).

  • Relação com a vítima (escolha oportunista x alvo específico; vigilância; preferências etárias/demográficas; “zonas de conforto”).

A tipologia de Groth cruza esses vetores de modo operacional, permitindo prever estilo de abordagem, gestão de cena, linguagem, uso de objetos e locais e comportamentos pós-ofensa.


Tipologias não são algemas: por que “classificar” não é “rotular”

Críticas comuns ao perfilamento criminal acusam a prática de ser “determinista” ou “rotuladora”. O argumento ignora que classificar é descrever padrões para agir melhor: orientar entrevistas, alocar recursos, priorizar vítimas em risco, ajustar medidas protetivas e construir hipóteses que serão testadas por evidências.

Tipologia não substitui prova; organiza a busca por prova. Na clínica e na gestão de risco, ainda facilita selecionar intervenções realistas (por exemplo: um agressor cujo prazer está no domínio e humilhação tenderá a responder mal a soluções que foquem exclusivamente em supressão de libido, como discutiremos).

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Bases do modelo de Groth: motivação,
agressão, relação e antissocialidade

Groth sistematizou quatro tipos prototípicos, mantendo a advertência de que há sobreposições. Os tipos são:

  1. Estuprador de Poder Assertivo

  2. Estuprador de Poder Oportunista (muitas vezes chamado de “reassegurador” ou o “cavaleiro”)

  3. Estuprador por Raiva Retaliatória

  4. Estuprador Sádico (angry-excitation)


Estuprador de Poder Assertivo – Dominação
como espetáculo de masculinidade

Quem é

O poder assertivo vê o estupro como extensão da própria virilidade; precisa afirmar controle e superioridade. O objetivo central não é o sexo em si, mas demonstrar poder. Frequentemente apresenta-se confiante, verbal e fisicamente agressivo, com baixa empatia e tendência a objetificar a vítima. É comum que pessoas do entorno descrevam o sujeito como “seguro de si”, “dominante”, “másculo”.

Modus operandi

  • Impulsividade moderada a alta; ataques com planejamento mínimo.

  • Nível de força: de moderado a elevado, suficiente para quebrar resistência. Usa o corpo como arma (punhos, contenção).

  • Cenários: locais conhecidos ou semiabertos; pode atacar após interações breves (conhece a vítima “no mesmo dia”).

  • Objetificação: trata a vítima como objeto de uso; indiferença a dor física/psíquica.

Assinatura/ritual e scripting provável

Como assinatura (elementos que excedem o necessário), pode exibir posturas teatrais de domínio (posicionamentos específicos, frases de exaltação do “homem de verdade”), exigência de submissão verbal. No scripting, surgem comentários de autoconfiança (“vou te mostrar o que é homem”), ameaças diretivas (“não olhe pra mim”, “mãos acima da cabeça”), insultos com viés sexual.

Entrevista e investigação

  • Entrevista: tende a reagir mal a confrontos diretos; responde a estratégias que espelham sua autoimagem para induzir contradições.

  • Investigação: buscar testemunhos circunstanciais (bares, festas, academia), CFTV em rotas de fuga rápidas; vestígios físicos por contato direto; histórico de agressões não sexuais pode existir.

Sobre “castração química”

Quando o reforço está no poder e na subjugação, reduzir libido dificilmente atinge o núcleo motivacional. Programas centrados só em supressão hormonal não bastam; é necessária gestão de risco, controle de impulsos, monitoramento, psicoeducação e sanções proporcionais.


Estuprador de Poder Oportunista (“reassegurador”):
a fantasia de intimidade forçada

Quem é

Diferentemente do assertivo, o poder oportunista busca — na fantasia — ser desejado. Tem propensão a uma imagem distorcida de si, baixa autoestima e carência relacional. Muitas vezes é descrito como o “estuprador cavaleiro”: evita ferir, pode usar camisinha, pede para a vítima “cooperar”, agradece ao final — tudo como parte da ilusão de que se trata de um encontro sexual quase consensual.

Modus operandi

  • Ritualização alta, com componente relacional forte.

  • Seleção de locais onde se sente geograficamente confortável (própria casa, vizinhança).

  • Acesso por oportunidade: portas destrancadas, janelas, convites criados por artifícios “educados”.

  • Stalking e vigilância: reúne informações prévias sobre a rotina da vítima.

Assinatura/ritual e scripting provável

Assinatura centrada em cortesias forjadas e fantasia de namoro (pedir nome, idade, profissão; perguntar se “gostou”; comentários pseudo reconfortantes). No scripting, abundam pedidos de validação (“você tá gostando?”), comentários autorreveladores (“eu gosto quando você…”) e controle polido (“não vou te machucar se fizer o que eu digo”).

Entrevista e investigação

  • Entrevista: pode responder a abordagens que exponham a contradição entre sua autoimagem “romântica” e a violência real; evidenciar impacto na vítima desarma a narrativa de “consenso”.

  • Investigação: mapear rotas de comfort zone, histórico de aproximações em círculos sociais, padrões de mensagens e acessos discretos; vestígios mínimos de força, mas forte rastro digital/relacional.

O risco da minimização

A relutância em ferir não é empatia; é manutenção da fantasia. A violência existe — psicológica, sexual e situacional — e produz trauma. Tratar como “menos grave” é erro investigativo e clínico.


Estuprador por Raiva Retaliatória:
o ataque como acerto de contas

Quem é

Aqui, o motor é a raiva. A agressão sexual é arma para punir e degradar. Costuma haver história de experiências pessoais marcadas por dor, desestruturação familiar, humilhações, violência prévia. O ataque traduz um “acerto de contas” com as mulheres (ou com quem simbolize a figura odiada), por ofensas reais ou imaginárias.

Modus operandi

  • Impulsividade extrema; planejamento apressado e desorganizado.

  • Força desnecessária: excesso de violência além do necessário para controle.

  • Abordagem Blitz: subjuga imediatamente a vítima com golpes/ameaças pesadas.

  • Ciclo: raiva acumula → descarga no ataque → breve resfriamento → reacumulação.

Assinatura/ritual e scripting provável

Assinatura marcada por humilhação deliberada, insultos depreciativos (muitas vezes misóginos, racistas ou lesbofóbicos), ameaças condicionais (“se abrir os olhos, eu te mato”). O prazer está na expressão da raiva, não no ato sexual isolado.

Entrevista e investigação

  • Entrevista: evite afronta direta; técnicas que reconheçam a emoção e conduzam a detalhamento factual são mais efetivas.

  • Investigação: busque padrões de gatilho (brigas recentes, perdas, frustrações), histórico de violência doméstica, rota de fuga errática; vestígios abundantes (sangue, fibras, marcas).

Gestão de risco

Risco de escalada brutal em curtos intervalos se não contido. Monitoramento e medidas protetivas imediatas para vítimas potenciais (parceiras/ex-parceiras, alvos de ódio) são prioridade.


Estuprador Sádico: excitação pela dor,
medo e submissão total

Quem é

O sádico sexual (anger-excitation) busca excitação através da dor, do medo e da submissão. O núcleo do prazer está na dominação total — física e psicológica. Costuma apresentar planejamento meticuloso, distanciamento emocional e vida fantasiosa parafílica (sadismo, voyeurismo, coleções de pornografia violenta, roteiros).

Modus operandi

  • Organização elevada, preparação de locais (esconderijos, “quartos” preparados).

  • Abordagem de conquista/manipulação: seduz, engana ou controla até remover a vítima para local pré-selecionado.

  • Duração: horas a dias; tortura psicológica e física, amarras, objetos; elevado risco de mutilação e homicídio.

  • Registro das agressões: fotos, vídeos, diários — tanto para reviver quanto para controle.

Assinatura/ritual e scripting provável

Assinaturas ritualizadas: instrumentos específicos, posicionamentos, falas clínicas (“agora faça X”, “fique imóvel”), roteiros que exigem respostas verbais. O scripting combina comandos rígidos, comentários autorreveladores frios e regras que testam obediência.

Entrevista e investigação

  • Entrevista: perfil calculista; trabalha com inconsistências, vínculos forenses (DNA, vestígios), contradições temporais.

  • Investigação: priorizar vínculos de casos por assinatura, geoprofiling em deslocamentos planejados, busca e apreensão digital (armazenamentos criptografados, nuvem, dark web).

  • Gestão de risco: altíssimo risco de letalidade; exige resposta policial e judiciária imediata e robusta.


Comportamentos transversais: antissocialidade,
psicopatia, parafilias e substâncias

Nem todo agressor sexual em série é “psicopata”, mas traços psicopáticos (frieza, mentira instrumental, falta de remorso) aparecem em proporções relevantes — sobretudo em sádicos e assertivos. Parafilias (sadismo sexual, voyeurismo, frotteurismo) podem compor o quadro e potencializar risco.

Álcool e outras drogas entram como desinibidores e facilitadores (reduzindo barreiras internas), mas não como “causa” exclusiva: retirado o álcool, o roteiro motivacional permanece.


Scripting: quando a língua do criminoso
denuncia sua fantasia e seu controle

Scripting é o padrão verbal do agressor durante o crime — e inclui tanto o que ele diz quanto o que obriga a vítima a dizer. É diretivo (“faça X”, “diga Y”), revela fantasia, necessidade de controle, autoimagem e intenção de ocultação. Adaptando e ampliando os temas observados por pesquisas como as de Burns, encontramos pelo menos 12 grupos úteis ao analista:

  1. Comandos operacionais (MO): “não olhe pra mim”, “mãos para trás”, “não grite”.

  2. Ameaças condicionais: “se abrir os olhos, eu te mato”, “se reagir, eu volto pra te pegar”.

  3. Autoconfiança/virilidade: “vou te mostrar o que é homem”, “você nunca teve alguém como eu”.

  4. Perguntas pessoais: nome, idade, profissão — criam falsa intimidade (muito visto no oportunista).

  5. Validação sexual: “você gostou?”, “tá gostando?”, “chegou lá?” — sustenta a fantasia de consenso.

  6. Comentários autorreveladores: “eu gosto quando você chora”, “gosto quando resiste”, “gosto assim”.

  7. Insultos sexuais e depreciações: misóginos, racistas, LGBTfóbicos — muito presentes na raiva retaliatória.

  8. Pseudoconforto: “não vou te machucar se cooperar”, “calma, vai acabar rápido”.

  9. Comandos de assinatura/ritual: exigências que excedem o necessário e satisfazem fantasia (“mexa o quadril assim”, “repita que eu sou seu”).

  10. Usurpação/posse: “você é minha”, “agora você é toda minha”.

  11. Reescrita da negativa: “me diga não agora”, “rejeite agora”, convertendo o “não” em instrumento de dominação.

  12. Ocultação de identidade: “se olhar meu rosto, te mato”, “não vire pra cá” — ecossistema de controle e fuga.

Para o perito e o investigador, o scripting ajuda a inferir motivação, vincular casos, preparar entrevistas (anticipando defesas e narrativas) e avaliar risco de escalada.


Modus operandi, assinatura e ritual
na violência sexual em série

  • Modus operandi (MO): o como necessário para executar e escapar (instrumentos, horários, rotas, forma de abordagem).

  • Assinatura: o excedente que satisfaz uma necessidade psicológica (frases, posições, objetos, gestos que não são estritamente necessários).

  • Ritual: a sequência de etapas que materializa a fantasia (ordem de ações, ambientação, roteiros).

No assertivo, a assinatura pode ser a exibição teatral do domínio; no oportunista, a simulação de encontro romântico; na raiva retaliatória, a humilhação explícita; no sádico, a tortura ritualizada com objetos específicos e registro audiovisual.


Indicadores de risco e sinais prévios:
o que pode emergir antes do ataque

  • Escalada de fantasias: consumo de pornografia violenta, roteiros escritos, pesquisa por “dormir/neutralizar vítima”.

  • Stalking: vigilância, rotas repetidas, mensagens invasivas, coleta de dados pessoais.

  • Tentativas de invasão/“testes”: portas/janelas, abordagens de “ajuda”.

  • Mudanças de humor/intolerância após frustração (gatilhos para raiva retaliatória).

  • Coleções e kits: amarras, fita, cordas, “sacos de agressão” escondidos (marcador clássico de planejamento).

  • Falas de posse ou “direito” ao corpo alheio em redes sociais/comunidades online.

  • Histórico de violência doméstica e agressões não sexuais.

Nenhum sinal isolado confirma crime; o conjunto orienta prevenção e priorização.


Estratégias de investigação e perícia:
do local de crime à entrevista

Local de crime e vestígios

  • Cuidado com contaminação; cadeia de custódia rigorosa.

  • Coleta de DNA, fibras, saliva, material subungueal.

  • Fotografia de cena com foco em padrões de força, amarras, objetos fora do lugar.

  • Mapear sequência (entrada, contenção, ato, pós-ato), buscando assinaturas.

Vestígios digitais

  • Telefones, nuvem, mensagerias (metadados, backups).

  • Pesquisa reversa por imagens/vídeos (registro de assinatura sádica).

  • Geolocalização (rotas e “zonas de conforto”).

  • Solicitação rápida de preservação de logs a provedores.

Geoprofiling e padrão temporal

  • Mapear locais de aproximação e liberação da vítima.

  • Identificar horários preferidos, dias da semana e eventos gatilho.

Entrevista do suspeito por tipologia (linhas gerais)

  • Assertivo: evitar conflito direto; usar autoimagem como alavanca para expor incoerências.

  • Oportunista: confrontar a fantasia de consenso com dados objetivos e impacto da vítima.

  • Raiva: reconhecer emoção para avançar no detalhe factual sem deflagrar escalada.

  • Sádico: focar em prova técnica e cronologia, quebrando a narrativa fria com contradições.

Vínculo de casos (linkage)

  • Cruzar scripting, assinatura, objeto/suporte (mesmos nós e laços, mesma música em looping, palavras-chave), geografia, janela temporal.


Intervenção clínica e gestão de risco: o que funciona
(e o que não funciona sozinho)

Programas baseados em evidências

Abordagens cognitivo-comportamentais com foco em distorsões cognitivas, empatia, regulação emocional, prevenção de recaída e estilo de vida mostram benefícios modestos a moderados quando bem estruturadas e com monitoramento. Para sádicos e assertivos de alta periculosidade, exigem-se controles externos robustos (medidas legais, supervisão intensiva).

Castração química: limites reais

Supressão hormonal pode reduzir impulso sexual, mas não atinge motivação baseada em domínio, humilhação e poder — centrais em assertivos, raiva e sádicos. Como estratégia isolada, oferece baixo alcance; se usada, que seja combinada a programas estruturados, monitoramento e resposta penal.

Monitoramento e contenção

  • Medidas protetivas, tornozeleira, zonas de exclusão.

  • Proibição de contato com vítimas e potenciais vítimas.

  • Proibições digitais específicas (acesso a conteúdos, contato com comunidades violentas), quando juridicamente cabíveis.


Vítimas: acolhimento, provas
e prevenção de revitimização

  • Escuta qualificada e ambiente protegido; evitar perguntas indutivas.

  • Exame de corpo de delito e profilaxias (ISTs, contracepção de emergência).

  • Apoio psicológico continuado (TEPT, ansiedade, depressão, dissociação).

  • Orientação digital (remoção de conteúdos, preservação de evidências).

  • Sigilo processual e medidas de proteção rápidas.

O fato de o agressor se dizer “cortês” (oportunista) não minimiza o trauma. Já no sádico e no retaliatório, a barbaridade física exige resposta emergencial e rede de cuidado.


Prevenção e políticas públicas:
do discurso à prática

  • Educação para consentimento e respeito desde a escola.

  • Treinamento de professores e profissionais de saúde para identificar sinais de risco (stalking, verbalizações possessivas, escalada de fantasias).

  • Canais de denúncia seguros e proteção contra retaliação em empresas, universidades e ambientes esportivos.

  • Integração intersetorial: polícia, MP, Judiciário, assistência social, saúde, psicologia/psiquiatria forense, perícia digital.

  • Dados e pesquisa: bancos de comportamentos e assinaturas (resguardando sigilo) para vínculos de casos e inteligência.

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Ciência a Serviço da Proteção

Estudar o perfil psicológico e comportamental de agressores sexuais em série não é um exercício acadêmico distante: é construir ferramentas concretas para prevenir, investigar e proteger.

A tipologia de Groth — poder assertivo, poder oportunista, raiva retaliatória e sádico — oferece um mapa que, cruzado com modus operandi, assinatura, ritual e scripting, ilumina o caminho da investigação e da gestão de risco.

  • Não há um “tipo único”: criminosos misturam traços; a tipologia é bússola, não sentença.

  • O núcleo da motivação importa para intervenção: se o reforço é poder/domínio, libido é variável secundária — soluções exclusivamente biológicas são insuficientes.

  • Scripting fala alto: a língua do agressor revela sua fantasia, seu controle e sua assinatura.

  • Prova técnica e análise comportamental se complementam: nenhuma substitui a outra.

  • Prevenção é possível: exige educação, rede de proteção e resposta institucional coordenada.

Entre a teoria e a prática, há vítimas que precisam de acolhimento agora e comunidades que podem ser protegidas se soubermos ler sinais, padrões e riscos. Usar o que a ciência já ensinou — sem caricaturas, sem atalhos mágicos — é o primeiro passo para romper ciclos de violência e preservar dignidade.


Saiba Mais

1) Um agressor pode mudar de tipo ao longo do tempo?
Pode oscilar traços ou evoluir (ex.: oportunista que escale para maior controle/violência). Tipos são protótipos.

2) “Cavaleiro” agride “com menos dano”?
Não. O dano psíquico é profundo. O “cavalheirismo” é parte da fantasia de consenso.

3) Sem penetração vaginal, “não é estupro”?
Falso. Outros atos libidinosos forçados também configuram crime grave.

4) Castração química “resolve”?
Sozinha, não. Quando a motivação é poder/raiva, reduzir libido não remove o gatilho central.

5) O que mais ajuda na entrevista?
Adequar a tática ao tipo (autoimagem, fantasia, raiva, frieza), trabalhar contradições, sustentar-se em prova e cronologia.


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