23 – Osmar Terra reforça combate à pedofilia e ao abuso infantojuvenil

Osmar Terra – A cidade de Lajeado, localizada no Rio Grande do Sul (RS), sediou, em 27 de novembro, um dos encontros mais relevantes do calendário de proteção da infância no Rio Grande do Sul. O auditório da Câmara de Vereadores ficou completamente tomado por lideranças políticas, autoridades da segurança pública e especialistas que se reuniram para o Seminário de Combate à Pedofilia e ao Abuso Infantojuvenil. O evento reforçou a urgência de uma mobilização permanente para garantir que crianças e adolescentes estejam amparados em todas as esferas da sociedade.

O deputado federal Osmar Terra, PL-RS, foi a principal referência entre os palestrantes. Conhecido por sua atuação na defesa da infância e pelo enfrentamento rigoroso aos crimes sexuais contra menores, ele apresentou as ações da Frente Parlamentar Contra Abusos de Crianças e Adolescentes, que coordena em Brasília. Durante sua fala, descreveu propostas legislativas voltadas à modernização das políticas públicas e ao endurecimento das punições para quem comete abusos.

Um dos projetos que concentrou maior atenção foi o PL 3066/2022, de sua autoria. A proposta busca atualizar o Estatuto da Criança e do Adolescente para proteger menores no ambiente digital. Terra destacou que a superexposição de crianças nas redes sociais, aliada ao fenômeno da adultização precoce, cria brechas que aumentam o risco de violações. O projeto determina regras para ampliar a responsabilidade das plataformas, fortalecer medidas de prevenção e exigir que o espaço digital seja um ambiente seguro, e não um fator de vulnerabilidade.

O seminário também contou com a presença da deputada estadual Adriana Lara, PL, da delegada Márcia Colembergue, do delegado Maurício Barcellos, da Dra. Aline Ganasini e do Dr. Júlio César de Souza. Cada um reforçou que o enfrentamento ao abuso infantil depende da união entre leis atualizadas, investigação qualificada e participação ativa da sociedade. Autoridades da segurança pública destacaram que a Delegacia de Polícia de Canoas é hoje a unidade que mais efetua prisões de estupradores e pedófilos no país. O dado demonstra a capacidade técnica das equipes, mas revela também o tamanho da demanda, já que muitos casos ainda permanecem ocultos e subnotificados.

Ao longo do evento, um ponto central ficou evidente: a sociedade precisa assumir um papel direto na defesa de crianças e adolescentes. Especialistas lembraram que sinais de alerta nunca devem ser ignorados. Relataram que mudanças bruscas de comportamento, comentários que aparentam confusão emocional e qualquer indicação de risco devem ser comunicados imediatamente ao Conselho Tutelar, à Polícia Civil ou ao Disque 100. Reforçaram também que garantir um ambiente de confiança é essencial para que menores se sintam seguros ao relatar situações que os afetam. A orientação contínua sobre segurança física e digital foi apresentada como uma estratégia decisiva, assim como a presença ativa da família no cotidiano escolar, social e virtual das crianças.

O encontro em Lajeado deixou claro que a proteção da infância não pertence a um único setor. Trata-se de uma responsabilidade compartilhada entre Estado, escolas, famílias e toda a comunidade. O seminário encerrou-se com um pedido firme para que a sociedade se mantenha vigilante, informada e empenhada em não aceitar qualquer forma de violência contra os mais vulneráveis. A mensagem final, sustentada por todas as autoridades presentes, reforçou que o combate à pedofilia exige preparo técnico, legislação firme e engajamento social contínuo.