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18 – “Crianças são usadas como sacrifícios ideológicos” – Nine Borges

Sacrifícios ideológicos - crianças são usados como objetos pelo movimento woke

Sacrifícios ideológicos – Em entrevista exclusiva, a autora de “Corrupção da Linguagem, Corrupção do Caráter” disseca as origens, táticas e perigos do ativismo que, segundo ela, corrompe a ciência, ameaça a infância e usa a linguagem como arma para dissociar a sociedade da realidade. Nine Borges também explica como as crianças são usadas como sacrifícios ideológicos para satisfazer a cultura woke. 
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Em um cenário cultural cada vez mais polarizado, poucas vozes têm se destacado com tanta clareza e contundência na defesa da infância e na crítica ao que se convencionou chamar de “ativismo woke” quanto Aline Borges. Conhecida nas redes como Nini Borges, a palestrante, consultora científica e autora tornou-se um dos principais nomes no debate sobre ideologia de gênero, teoria queer e seus impactos na sociedade ocidental.
Seu livro, “Corrupção da Linguagem, Corrupção do Caráter”, coescrito com Patrícia Silva, funciona como um manual para decifrar um movimento que, segundo ela, opera sob um verniz de progresso enquanto promove uma agenda de desconstrução da realidade. Em uma conversa franca, Nini Borges detalha o modus operandi desse ativismo, desde a manipulação semântica até a cooptação de instituições, e alerta: “Você não pode lutar contra um inimigo se não sabe sequer defini-lo”.

O Golpe Linguístico: Como a Realidade é Desconstruída Palavra por Palavra – Sacrifícios ideológicos

O ponto de partida para entender o fenômeno, segundo Borges, é a “corrupção da linguagem”. Inspirada pela “Novilíngua” de George Orwell em 1984, ela argumenta que o ativismo woke trava sua principal batalha no campo semântico. “A corrupção da linguagem acontece quando se proíbe vocábulos, interpretando-os como inapropriados ou ofensivos, e também quando se criam novos vocábulos sem uma definição clara, com bordas conceituais não delimitadas e sem âncora na realidade”, explica.
O exemplo mais emblemático é a redefinição da palavra “mulher”. A substituição do termo por expressões como “pessoa que menstrua” ou “pessoa com útero” não é, para Borges, um ato de inclusão, mas uma tática deliberada de apagamento. “Se temos uma língua burra, imprecisa e desconectada da realidade, as chances são de que nosso próprio processo de pensamento seja comprometido”, adverte. “Na ausência de palavras para definir bem as coisas, como vamos pensar sobre essas coisas?”.
Ela projeta um futuro distópico onde dicionários online e inteligências artificiais consagrarão essas novas definições, erodindo a base sobre a qual o pensamento lógico é construído. “Uma das formas de dissociar as pessoas da realidade é através da linguagem”, conclui.

O Estalo da Consciência: Quando o Absurdo se Torna Inegável

A jornada de Nine Borges como uma crítica proeminente do movimento teve um ponto de virada claro. O primeiro “clique” veio ao ouvir uma entrevista de rádio onde o termo “pessoas que menstruam” foi usado para incluir “homens trans”.
“Naquele momento, eu falei: o que está acontecendo? Por que as pessoas estão falando que homens podem menstruar? Foi uma pílula que você toma e não tem como voltar ao normal”.
O segundo e decisivo momento foi o caso de um estuprador na Escócia que, após se autodeclarar mulher, foi enviado para uma prisão feminina.
“Foi muito interessante ver a reação da mídia, que pesadamente se referiu a esse homem como se ele fosse uma mulher. Manchetes da BBC diziam ‘mulher que estuprou duas mulheres’. Não fazia sentido”, recorda. Para Borges, aquele episódio expôs a perversidade da lógica woke: “Um criminoso sexual foi promovido a vulnerável pelo simples fato de dizer que era uma mulher. Ali, muita gente acordou para o absurdo da situação”.

Neurociência Sob Ataque: A Falácia do “Cérebro Trans”

Um dos pilares do ativismo transgênero é a alegação de que pessoas trans possuem um cérebro que corresponde ao gênero com o qual se identificam, e não ao seu sexo biológico. Nine Borges, que oferece um curso dedicado a desbancar essa ideia, é categórica: “Não existe um cérebro trans”.
Ela explica que os estudos usados para sustentar essa narrativa são metodologicamente falhos e se baseiam em um “golpe linguístico”. “Eles usam uma parte do cérebro que, de fato, sofre uma alteração após o uso de hormônios. Nosso cérebro é incrivelmente plástico e reage a medicamentos, experiências e emoções”, argumenta. “Quando homens tomam hormônios sexuais femininos, isso afeta uma determinada parte do hipotálamo. Eles usam isso como prova cabal de que possuem um cérebro feminino. Mas é apenas uma resposta ao medicamento, não a prova de uma identidade de gênero inata”.
Borges vai além, destacando a contradição fundamental: “Para provar que existe um cérebro trans, eles teriam que primeiro provar que existe um cérebro masculino e um feminino distintos, algo que a neurociência, até hoje, não conseguiu fazer. Boa sorte para eles”.

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Da Luta por Direitos à “Máfia do Alfabeto”: A Evolução do Movimento LGBT

Borges traça uma linha clara entre o movimento original de gays e lésbicas e a atual configuração “TQIA+”. “O movimento LGBT começou com uma luta por direitos civis: casar, ter direito à herança. Era um movimento ancorado na realidade do sexo biológico”, contextualiza. A virada, segundo ela, ocorreu com a ascensão do “T” (transgênero) e, posteriormente, do “Q” (queer).
“Não há muito dinheiro em gays e lésbicas. O dinheiro está no ‘T'”, afirma, apontando para a indústria farmacêutica e médica. “Surgem uma miríade de procedimentos, drogas, acompanhamentos, cirurgias. É um mercado muitíssimo rico e um paciente para o resto da vida”.
A introdução da Teoria Queer, para Borges, representou a “completa dissociação da realidade”. “Queer vem do pós-estruturalismo, que critica as verdades fixas da ciência. Para eles, tudo é uma construção social, inclusive o sexo biológico”, explica.
O resultado é um movimento que se tornou “extremamente homofóbico”, forçando lésbicas a se relacionarem com homens que se dizem mulheres e convertendo jovens com desconforto de gênero, que provavelmente se tornariam homossexuais, em pacientes médicos. “É pura homofobia com glitter”, define.

A Criança como Sacrifício Ideológico

O ponto mais sensível da crítica de Borges é o impacto desse ativismo sobre as crianças. Ela o descreve como “abuso infantil institucionalizado com o nome de aceitação”. A ideia de “crianças trans” serve, em sua visão, para validar a identidade do adulto trans, mas rapidamente se tornou um mercado lucrativo.
Ela denuncia a hipocrisia de uma esquerda que, ao mesmo tempo em que condena a erotização infantil, celebra performances de drag queens mirins e defende o funk com letras sexualizadas como “expressão cultural da periferia”. “É um processo lógico muito doentinho. A ideologia vem sempre em primeiro lugar”, critica.
Para Nine, a linguagem neutra é outro exemplo de como a suposta inclusão, na verdade, exclui. “Pessoas com dislexia, autismo ou problemas de processamento auditivo dependem de regras claras para compreender o mundo. A linguagem neutra os exclui, mas eles não se importam, porque esses não são os ‘grupos oprimidos favoritos’ deles”.

“Temos que Empurrar Essas Ideias de Volta”

Apesar do cenário sombrio, onde o “wokeísmo” coopta universidades, o judiciário e a grande mídia, Aline Borges acredita na reversão da maré. Ela cita estudos do Reino Unido que mostram um declínio no apoio ao movimento trans à medida que a população se informa. “É por isso que nosso trabalho é tão importante. Quanto mais as pessoas entendem o que está em jogo, menos elas apoiam”.
Seu apelo final é por coragem e clareza. “Precisamos expulsar isso da universidade, porque não é acadêmico. Precisamos chamar as coisas pelo nome. Se não fizermos isso, eles ganharão mais terreno e será difícil retomar esse espaço”, conclui. “A luta continua. Temos que ser capazes de falar abertamente sobre essas coisas, sem sermos punidos ou cancelados”.
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