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7- Judeus Não Contam: O Antissemitismo Moderno

Judeus não contam nos coloca frente-a-frente com uma realidade difícil: Hitler ainda vive entre nós.

O livro Judeus Não Contam, de David Baddiel, aborda uma questão controversa e urgente: por que os judeus, apesar de serem vítimas recorrentes de discriminação, preconceito e violência, são frequentemente excluídos das lutas antirracistas e dos discursos de defesa das minorias?

Escrito em tom espirituoso, mas profundamente incômodo, Judeus Não Contam força o leitor a confrontar preconceitos muitas vezes negligenciados. O autor explora como atitudes aparentemente inofensivas podem perpetuar estigmas históricos e como o antissemitismo é tratado com uma indiferença assustadora, mesmo em sociedades que se orgulham de sua luta contra a discriminação.

O livro Judeus Não Contam nos desafia a encarar um aspecto perturbador do discurso contemporâneo sobre racismo e igualdade: por que, em pleno século XXI, o antissemitismo continua a ser tratado com negligência ou, pior ainda, com justificativas veladas?

Em uma análise direta e bem fundamentada, o livro Judeus não Contam desnuda as contradições de movimentos sociais que se autodenominam defensores dos direitos humanos, mas ignoram, ou até legitimam, atos de preconceito contra os judeus.

A Marginalização dos Judeus – Invísiveis no Debate sobre Racismo

O livro Judeus não Contam destaca o lugar paradoxal que os judeus ocupam na sociedade moderna. Não são considerados uma minoria a ser protegida, nem tampouco vistos como parte de uma maioria plenamente aceita. Esse limbo social permite que o antissemitismo passe despercebido, ou seja minimizado, em discussões que deveriam englobar todas as formas de discriminação.

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O autor argumenta que essa exclusão se baseia em estereótipos históricos que retratam os judeus como poderosos e privilegiados, ignorando séculos de perseguição, genocídio e marginalização. Esse estereótipo contribui para a ideia de que os judeus não precisam de proteção, permitindo que o preconceito contra eles seja normalizado.

O livro Judeus não Contam se debruça sobre eventos recentes para ilustrar essa realidade. A violência cometida pelo Hamas contra civis israelenses é um exemplo citado, evidenciando como atrocidades contra judeus podem ser ignoradas ou justificadas por aqueles que dizem lutar contra a opressão.

“Em palavras rápidas, espirituosas e ocasionalmente furiosas, David Baddiel colocou em foco um dos pontos cegos mais controversos atualmente e expôs uma verdade indiscutível e vergonhosa: para muitos progressistas, de outra forma vociferantes em seu antirracismo, os judeus não contam.

Está tudo exposto aqui em uma publicação genuinamente importante de trabalho sociopolítico que deveria vir com um aviso, como uma ordem sussurrada em tom de ameaça, dizendo ‘Você tem que ler isso.

Realmente muda tudo’, como a maravilhosa e preocupante bomba da verdade que representa.” – CAITLIN MORAN, autora de Do que é feita uma garota “Acho que nunca fiquei tão grato a alguém por escrever um livro. Judeus não contam é incisivo, urgente, surpreendentemente engraçado e conciso. Precisa ser lido.” – JAY RAYNER, jornalista e crítico gastronômico

Hipocrisia na Luta contra o Racismo

Baddiel aponta uma hierarquia implícita no racismo, onde os judeus ocupam as posições mais baixas. Ele critica a seletividade na defesa de minorias, particularmente no campo progressista, onde grupos que não se alinham ideologicamente são frequentemente negligenciados. O autor afirma que, enquanto a direita não esconde sua indiferença, a esquerda, com um discurso de virtudes, frequentemente defende apenas as causas que lhe interessam politicamente.

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Uma das principais críticas é direcionada aos movimentos progressistas que, enquanto combatem vigorosamente o racismo contra outros grupos, silenciam quando o preconceito é direcionado aos judeus. Ele descreve uma “hierarquia do racismo”, onde algumas minorias recebem mais atenção e solidariedade do que outras, sendo os judeus relegados ao último lugar.

Essa hierarquia, segundo o autor, é especialmente visível em episódios recentes, como os ataques promovidos pelo Hamas contra civis israelenses. Atos de violência, incluindo sequestros, estupros e assassinatos de crianças e mulheres, foram celebrados ou ignorados por setores que normalmente denunciam qualquer forma de opressão. Para Baddiel, isso evidencia uma seletividade ideológica que coloca as vidas judaicas como menos importantes no cenário político e social.

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Preconceito 

De forma incisiva, além da violência explícita, o autor destaca como o antissemitismo está enraizado em atitudes cotidianas. O livro expõe como atitudes cotidianas carregam preconceitos profundos. No futebol, por exemplo, campanhas contra racismo e homofobia são amplamente divulgadas, mas ofensas antissemitas, como o uso do termo “yid” (uma grave injúria contra judeus), permanecem sem punição efetiva. Baddiel descreve cenas chocantes, como torcedores entoando cânticos antissemitas e simulando barulhos de câmaras de gás, que são amplamente toleradas em alguns contextos esportivos.

Essa complacência com ofensas dirigidas aos judeus, muitas vezes consideradas “piadas inofensivas” ou “provocações esportivas”, escancara o quanto o preconceito contra esse grupo é tratado de maneira diferenciada.

O Preço da Invisibilidade

Judeus não Contam também explora o impacto psicológico e social dessa negligência. Ele descreve como a exclusão dos judeus das pautas de defesa das minorias cria uma sensação de abandono e invisibilidade. A dor histórica, marcada pelo Holocausto e por séculos de perseguição, é frequentemente ignorada ou relativizada, perpetuando o sofrimento de gerações.

O autor argumenta que, enquanto outras minorias têm suas dores amplamente reconhecidas e debatidas, o sofrimento judaico é frequentemente tratado como secundário ou irrelevante. Essa dinâmica, segundo o autor, reforça a ideia de que os judeus só “contam” quando podem ser usados como peças em disputas políticas.

Antissemitismo: Um Problema Universal

Judeus não Contam amplia sua análise ao conectar o antissemitismo moderno com preconceitos históricos e globais. Ele traça paralelos entre os estereótipos que justificaram o Holocausto e as narrativas contemporâneas que retratam os judeus como “opressores” ou “privilegiados”. Essa continuidade histórica, argumenta o autor, mostra que o antissemitismo é uma forma única de racismo, que muitas vezes se esconde sob o disfarce de críticas políticas ou culturais.

Um Espelho para o Progressismo

Baddiel, que se identifica como progressista, não poupa críticas à esquerda política no livro Judeus não Contam. Ele aponta a hipocrisia de um campo que prega a inclusão e a igualdade, mas que frequentemente exclui os judeus de suas lutas. Para o autor, a direita, apesar de seus problemas, é mais direta em sua abordagem, enquanto a esquerda esconde suas omissões sob um véu de virtudes e moralidade.

Judeus não Contam também aborda como essa seletividade cria divisões dentro dos próprios movimentos antirracistas, enfraquecendo sua credibilidade e eficácia. Ao ignorar o antissemitismo, esses movimentos perdem a oportunidade de construir uma luta verdadeiramente inclusiva e universal contra todas as formas de ódio.

Por que ler esse livro?

David Baddiel, autor de Judeus não Contam, entrega uma obra necessária e urgente, que desafia as narrativas predominantes e convida à reflexão sobre a forma como as sociedades modernas lidam com o antissemitismo. Judeus Não Contam é um lembrete poderoso de que nenhuma luta por justiça social pode ser verdadeiramente inclusiva enquanto ignora ou minimiza a dor de um grupo tão historicamente perseguido.

Ficha Técnica:
ISBN: 9786559574308
Editora: AVIS RARA
Dimensões: 15.50 x 22.80 cm
Idioma: Português
Páginas: 128
Edição: 1
Encadernação: Brochura
Com zíper: Não
Idade mínima: 0
Idade máxima: 99

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