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3. Mãe da Sharia – Sarah: Duas crianças sequestradas e o Brasil ignora

Mãe da Sharia - Sarah Bonilha enfrenta uma batalha cruel: seus dois filhos foram sepultados pela cultura jurídica e emocional de um regime baseado na lei de Sharia, na Síria.

Mãe da Sharia – Sarah Bonilha enfrenta uma batalha cruel: seus dois filhos foram sepultados pela cultura jurídica e emocional de um regime baseado na lei de Sharia, na Síria. O relato dela mostra não apenas a vulnerabilidade dessas mães, mas também a inércia e falhas graves do Itamaraty e das instituições brasileiras.


Mãe da Sharia: O Amor que Se Transforma em Prisão

Sarah, Mãe da Sharia, conheceu o marido por meio de um amigo em comum. Ele era sírio e queria construir uma família — com Sara, advogada, recém-aprovada na OAB. Eles se casaram, tiveram dois filhos no Brasil, compraram apartamento e pareciam formar uma família feliz.

Mas as primeiras agressões surgiram logo após o nascimento da primeira filha. A violência cresceu e, mesmo em meio a traições físicas e psicológicas, Sara tentou manter a união. Após o segundo filho, o marido convenceu-o a viajar à Síria, com o pretexto de visitar a família por três meses — mas sem nenhum planejamento real.

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A Síria: De Visita ao Cárcere

Chegando à Síria, Sara caiu em uma trama fria. O sogro propôs que transferisse a escritura do apartamento para o nome dele — condição que Sara recusou. A resposta veio com violência: discussões, xingamentos, além do isolamento, do medo e das ameaças físicas — especialmente quando tentou voltar ao Brasil.

Em 14 de setembro de 2024, o caos aconteceu. Os filhos foram levados sem aviso em meio a brigas, agressões, impedimentos físicos — um sequestro parental clássico. A fuga de Sara foi marcada por cárcere, vigilância constante e a sensação de ser refém da própria família.

Ela conseguiu fugir via Jordânia e chegou ao Brasil em 30 de setembro de 2024 — mas seus filhos permanecem na Síria, sem previsão de retorno.


Itamaraty e ECA: Silêncio Inadmissível

Apesar de protocolar pedidos e manifestações quanto à guarda e à proteção dos menores, Sara relata uma completa omissão do Itamaraty — o serviço consular não apresentou apoio ativo, nem entrou em contato com autoridades sírias ou adotou medidas emergenciais.

A situação viola não apenas os direitos constitucionais da criança brasileira, mas também provoca choque ao ver nenhum movimento efetivo por parte dos órgãos responsáveis.

Há, inclusive, subcomissão no Senado presidida pela senadora Mara Gabrilli, dedicada ao tema do sequestro internacional e proteção dessas mães; mas até agora, nenhum desdobramento foi sentido por Sara.


A Convenção de Haia: Quebre de Jurisprudência e Prazos

Essa situação expõe fragilidades do sistema de restituição internacional:

  • A Convenção da Haia (1980), da qual o Brasil é signatário, exige que casos de retenção ilícita sejam tratados com urgência — com decisões em até 6 semanas — e previsibilidade.

  • Mesmo com tratativas via Autoridade Central Administrativa Federal (ACAF) — o canal oficial brasileiro — nada foi efetivamente feito no caso de Sara.

  • Outros países têm sido mais eficientes: recentemente, a AGU interveniente assumiu a defesa de uma mãe vítima de violência doméstica em processo sob a Convenção da Haia, marcando uma mudança importante na atuação do Estado.


Clamor de Mãe da Sharia: Um Apelo por Justiça Real

Se houvesse uma audiência hoje com o governo — Itamaraty, Ministério da Justiça, Direitos Humanos, Congresso — Sara diria:

“Mexam-se: meus filhos são brasileiros. Eles estão em país de guerra. Está na hora de agir com responsabilidade, com pressa, com humanidade. Não esperem prazos, cumpram os tratados. Meus filhos não são apenas estatística.”


O Que Está em Jogo?

  • Duas crianças brasileiras vivenciam uma guerra religiosa, mental e cultural — afastadas da mãe.

  • A família está exposta à violência emocional e física, agravada por um pai com diagnóstico de esquizofrenia paranoide — o que representa risco real.

  • O Estado brasileiro falha gravemente ao falhar em assegurar o mínimo de proteção.


Conecte, Apoie, Reaja

Sarah recomenda:

  1. Formar redes de apoio entre mães com experiências similares (mães da “Sharia” e da “Haia”).

  2. Expor casos na mídia, usar voz pública para garantir direitos.

  3. Resistir, não desistir — mesmo após exaustivas batalhas jurídicas.

  4. Cautela no envolvimento com mulheres estrangeiras: conheça leis, cultura e riscos.

A história de Sarah, uma mãe da Sharia, é um alerta urgente sobre a necessidade de:

  • Protocolos de atuação consular eficazes,

  • Respostas diplomáticas imediatas,

  • Respeito aos tratados internacionais,

  • Sensibilidade institucional com mães em situação de risco.

Sarah quer apenas seus filhos de volta. E exige que seu país cumpra seu papel.

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