Criminal

81 – Quais São os Tipos de Narcisistas?

As camadas ocultas do narcisismo: da dinâmica psicológica às alterações cerebrais que explicam comportamentos manipuladores, abusivos e potencialmente criminosos

Tipos de narcisistas – O termo “narcisista” evoca imediatamente a imagem de alguém absorto em si mesmo, que domina conversas com relatos de suas próprias conquistas e parece incapaz de oferecer um pingo de atenção genuína aos outros. Essa figura, inspirada no mito grego de Narciso — o caçador de beleza singular que se apaixonou pelo próprio reflexo e definhou por um amor impossível —, permeia o imaginário popular.

Contudo, a psicologia, a psiquiatria e, mais recentemente, a neurociência revelam que essa é apenas uma das manifestações de uma condição humana muito mais complexa. O narcisismo não é uma entidade única, mas um espectro de traços de personalidade que, em seu extremo, configura o Transtorno de Personalidade Narcisista (TPN), uma condição clínica com implicações profundas para o indivíduo e para a sociedade.

Compreender as diferentes apresentações do narcisismo é fundamental. Longe de ser um mero traço de vaidade, ele se desdobra em perfis psicológicos distintos, com motivações e comportamentos que podem variar drasticamente.


Tipos de Narcisistas – O Espectro do Narcisismo

Na psicologia moderna, o narcisismo é entendido como um traço de personalidade presente em todos os indivíduos em algum grau. Uma dose saudável de amor-próprio é essencial para a autoestima e a resiliência. O problema surge quando esse traço se torna inflexível, dominante e mal adaptativo, causando sofrimento e prejuízo funcional. O diagnóstico de Transtorno de Personalidade Narcisista, conforme descrito no Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), é reservado para os casos em que esse padrão é generalizado e persistente.

No entanto, mesmo dentro do campo clínico e da pesquisa, há um consenso crescente de que o TPN não é monolítico. As pesquisas científicas mais robustas apontam para duas grandes vertentes, duas formas primárias de expressão do narcisismo que, embora compartilhando um núcleo de egoísmo e antagonismo, são motivadas por forças internas distintas: o narcisismo grandioso e o narcisismo vulnerável [1][5]. Essas duas formas não são simplesmente variações de intensidade, mas representam diferentes estratégias psicológicas e neurobiológicas para lidar com a insegurança subjacente e a necessidade de validação.


O Narcisista Grandioso: O Pavão no Palco

O narcisista grandioso é a personificação do estereótipo. São indivíduos extrovertidos, dominantes, assertivos e, muitas vezes, charmosos. Eles exalam um ar de superioridade e autoconfiança que pode ser, inicialmente, cativante. Sua autoestima é genuinamente elevada, e eles não têm dúvidas sobre seu próprio valor e suas capacidades, que frequentemente superestimam. A vida, para eles, é um palco, e eles anseiam por todos os holofotes. Esse tipo de narcisista é frequentemente encontrado em posições de liderança, em ambientes corporativos, políticos e até mesmo em contextos artísticos e de entretenimento.

Perfil Psicológico e Motivações

O motor principal do narcisista grandioso é uma busca incessante por status social. Eles desejam ser admirados, respeitados e vistos como importantes na hierarquia social [5]. Uma pesquisa detalhada sobre suas motivações sociais revelou um insight crucial: eles não apenas desejam status, como acreditam firmemente que o alcançaram com sucesso. Em contrapartida, a inclusão social — ser gostado, aceito e ter um bom relacionamento com os outros — não é uma prioridade para eles. Eles não se importam muito em não serem queridos, desde que sejam reverenciados [5].

Esse perfil psicológico se manifesta em comportamentos de autoengrandecimento, arrogância e uma necessidade constante de validação externa na forma de elogios e admiração. Eles se sentem no direito de receber tratamento especial e não hesitam em explorar os outros para atingir seus objetivos. A empatia, especialmente a afetiva (a capacidade de sentir o que o outro sente), é notavelmente baixa. Eles podem até ter uma boa empatia cognitiva (a capacidade de entender o que o outro pensa ou sente), mas a utilizam de forma instrumental, como uma ferramenta para manipulação e para antecipar as reações dos outros, sem qualquer ressonância emocional genuína [16].

Em contextos de relacionamento, o narcisista grandioso frequentemente estabelece dinâmicas de poder desequilibradas. Ele pode ser encantador no início, oferecendo atenção e admiração para atrair a vítima, mas gradualmente revela seu verdadeiro caráter através de críticas constantes, desvalorização e comportamentos controladores. Sua necessidade de manter a supremacia o leva a sabotar os sucessos alheios e a amplificar seus próprios feitos, muitas vezes de forma exagerada ou até fraudulenta.

CaracterísticaDescrição do Narcisista Grandioso
Comportamento SocialExtrovertido, dominante, charmoso e assertivo. Busca ativamente posições de liderança e destaque.
AutoestimaGenuinamente alta e inflada. Crença firme na própria superioridade e talentos excepcionais.
Principal MotivaçãoBusca por status, poder e admiração. Sente que já alcançou o status que deseja.
Relação com OutrosAntagonista e explorador. Vê os outros como instrumentos para seus objetivos ou como uma audiência.
EmpatiaBaixa empatia afetiva. Pode ter empatia cognitiva, mas a usa para manipulação.
Reação à CríticaRaiva, desdém ou negação. A crítica é vista como uma afronta de alguém inferior.
Estabilidade EmocionalRelativamente estável, mas com picos de raiva quando seu ego é ameaçado.

O Narcisista Vulnerável: A Grandiosidade Escondida na Insegurança

Em contraste direto com a audácia do narcisista grandioso, o narcisista vulnerável (também conhecido como narcisista encoberto ou introvertido) opera a partir de um lugar de insegurança e fragilidade. Externamente, eles podem parecer tímidos, retraídos, hipersensíveis e até humildes. No entanto, por baixo dessa fachada, reside a mesma grandiosidade e senso de direito do outro tipo, mas aqui ela serve como uma armadura defensiva para proteger uma autoestima extremamente frágil e instável. Esse tipo é frequentemente negligenciado em discussões populares sobre narcisismo, mas é igualmente prejudicial e, em muitos aspectos, mais difícil de identificar e lidar.

Perfil Psicológico e Motivações

O narcisista vulnerável também anseia desesperadamente por status e admiração, mas, ao contrário do grandioso, ele sente que falhou em sua busca. Essa discrepância entre o desejo de ser especial e a percepção de fracasso gera um estado crônico de frustração, inveja e ressentimento [5]. Além disso, eles desejam intensamente a inclusão social, querendo ser amados e aceitos, mas sua hipersensibilidade à rejeição e sua desconfiança dos outros os levam a se afastar, perpetuando seu sentimento de isolamento e inadequação.

Seu comportamento é marcado por um neuroticismo elevado. Eles são propensos à ansiedade, depressão e sentimentos de vergonha. Quando se sentem desprezados ou criticados, sua reação não é a raiva explosiva do narcisista grandioso, mas sim um retraimento hostil, comportamento passivo-agressivo ou queixas de vitimização. Eles se veem como vítimas incompreendidas de um mundo que não reconhece seu valor único. Essa dinâmica interna de grandiosidade frustrada e necessidade de validação os torna emocionalmente instáveis e difíceis de se relacionar de forma autêntica.

O narcisista vulnerável frequentemente utiliza a manipulação emocional como seu principal mecanismo de controle. Ao invés de confrontação direta, ele pode usar o silêncio punitivo, a autocomiseração ou ameaças veladas para manter as pessoas próximas em um estado de ansiedade e preocupação. Ele pode apresentar-se como vítima de circunstâncias ou de outras pessoas, buscando constantemente validação e apoio emocional, mas nunca se satisfazendo com o que recebe.

CaracterísticaDescrição do Narcisista Vulnerável
Comportamento SocialRetraído, ansioso, tímido e hipersensível. Evita o centro das atenções por medo de críticas.
AutoestimaBaixa, frágil e flutuante. Dependente da validação externa para se sentir bem.
Principal MotivaçãoBusca por status e inclusão, mas sente que não alcançou nenhum dos dois, gerando frustração.
Relação com OutrosDesconfiado e defensivo. Oscila entre idealizar e desvalorizar os outros rapidamente.
EmpatiaBaixa empatia afetiva. Preocupado demais com o próprio sofrimento para se conectar com o dos outros.
Reação à CríticaVergonha, humilhação, retraimento hostil ou comportamento passivo-agressivo.
Estabilidade EmocionalAltamente instável, com flutuações frequentes de humor e sentimentos de inadequação.

Um Cérebro Focado em Si Mesmo

As diferenças entre os tipos de narcisismo não são apenas construções psicológicas; elas parecem ter correlatos biológicos no cérebro. A neurociência moderna, através de técnicas de neuroimagem como a ressonância magnética funcional (fMRI) e estrutural, começa a mapear as particularidades do cérebro narcisista. As descobertas apontam para alterações em áreas cruciais para a empatia, a regulação emocional e a autoconsciência.

Essas mudanças estruturais e funcionais não são meramente curiosidades acadêmicas; elas explicam por que o narcisista se comporta como se comporta, oferecendo uma perspectiva neurobiológica que complementa as explicações psicológicas tradicionais.

A compreensão dos mecanismos neurais subjacentes ao narcisismo representa um avanço significativo na psiquiatria moderna. Ela nos permite ir além do julgamento moral de que “o narcisista é simplesmente uma pessoa má ou egoísta”. Na verdade, há uma base neurobiológica para suas dificuldades em empatizar, em regular suas emoções e em manter relacionamentos saudáveis. Isso não desculpa o comportamento prejudicial, mas oferece uma compreensão mais profunda e, potencialmente, caminhos para intervenção terapêutica mais eficaz.

Estruturas Cerebrais e a Falta de Empatia

Uma das descobertas mais consistentes é a de anormalidades estruturais em regiões do cérebro associadas à empatia. Estudos mostram que indivíduos com altos traços de narcisismo, especialmente aqueles que se encaixam no diagnóstico de TPN, apresentam um volume reduzido de massa cinzenta em áreas como o córtex pré-frontal medial (mPFC) e a ínsula anterior [10][11].

A ínsula é uma região profunda do cérebro fundamental para a interocepção — a percepção de nossos próprios estados corporais e emocionais. Ela é a base da empatia afetiva, permitindo-nos sentir uma versão do que a outra pessoa está sentindo.

Uma ínsula menos ativa ou com menor volume pode explicar a frieza emocional e a incapacidade do narcisista de se conectar genuinamente com o sofrimento alheio. Eles simplesmente não “sentem” a dor do outro em um nível visceral. Além disso, a ínsula está envolvida na regulação das emoções e na tomada de decisão moral, áreas em que os narcisistas mostram deficiências significativas.

O córtex pré-frontal medial, por sua vez, é uma área chave para a cognição social e a auto-reflexão, incluindo a capacidade de pensar sobre os estados mentais dos outros (Teoria da Mente) e de nós mesmos. Déficits nesta área estão ligados a prejuízos na capacidade de se colocar no lugar do outro e de regular as próprias emoções em contextos sociais [18].

Pesquisas recentes também indicam que o córtex pré-frontal dorsolateral, responsável pelo controle executivo e pela inibição de comportamentos impulsivos, também apresenta alterações em indivíduos narcisistas, contribuindo para sua impulsividade e falta de controle emocional em certas situações.

O Circuito de Recompensa e a Busca por Status

Outra peça importante do quebra-cabeça neural é o sistema de recompensa do cérebro, movido principalmente pelo neurotransmissor dopamina. Este sistema é projetado para nos motivar a buscar coisas que promovem nossa sobrevivência e bem-estar, como comida, sexo e conexão social. No narcisista, esse sistema parece estar calibrado de forma diferente, respondendo de forma exagerada a sinais de status e admiração.

A busca incessante por status e admiração pode ser entendida como uma espécie de “vício” em validação. Cada elogio, cada curtida em uma rede social, cada símbolo de status ativa o circuito de recompensa, liberando dopamina e proporcionando uma sensação de prazer e importância. Isso cria um ciclo de busca contínua por mais validação para manter os níveis de dopamina elevados. Esse mecanismo é similar ao que ocorre em dependências químicas, onde o cérebro se torna cada vez mais tolerante e exige doses maiores para alcançar o mesmo efeito.

Pesquisas que utilizam a Teoria da Sensibilidade ao Reforço sugerem que o narcisismo grandioso está associado a um Sistema de Ativação Comportamental (BAS) hiperativo e a um Sistema de Inibição Comportamental (BIS) hipoativo [20]. Em termos simples, eles são altamente sensíveis a recompensas (BAS alto) e pouco sensíveis a punições ou consequências negativas (BIS baixo). Isso explica sua ousadia, impulsividade e a aparente incapacidade de aprender com os erros em seus relacionamentos. Eles perseguem a recompensa da admiração a todo custo, ignorando os riscos.

O narcisista vulnerável, por sua vez, pode apresentar um padrão diferente, com uma sensibilidade aumentada a punições e rejeições (BIS alto), o que contribui para sua ansiedade e comportamento defensivo. No entanto, quando conseguem obter validação, seu sistema de recompensa também responde intensamente, criando uma oscilação entre esperança e desesperança que caracteriza seu estado emocional crônico.

Conectividade Neural e Integração Funcional

Além das alterações estruturais em áreas específicas, pesquisas recentes revelam problemas na conectividade entre diferentes regiões cerebrais. A conexão entre o córtex pré-frontal e o sistema límbico (que inclui a amígdala e outras estruturas envolvidas no processamento emocional) está frequentemente prejudicada em indivíduos narcisistas. Essa desconexão pode explicar por que eles têm dificuldade em integrar informações emocionais em suas decisões e por que sua resposta a estímulos emocionais é frequentemente inadequada ou ausente.


O Perfilamento Criminal: Quando o Narcisismo Cruza a Linha

A maioria das pessoas com traços narcisistas não comete crimes. No entanto, as características centrais do narcisismo — falta de empatia, senso de direito, antagonismo e exploração interpessoal — criam um terreno fértil para comportamentos antiéticos e, em casos extremos, criminosos. Quando o narcisismo se combina com outros traços, especialmente impulsividade, agressividade e comportamento antissocial, o risco aumenta significativamente.

Crimes de Colarinho Branco e Manipulação

O narcisista grandioso, com sua autoconfiança, charme e desejo de status, é frequentemente encontrado em posições de liderança em empresas e na política. Quando sua ambição não encontra limites éticos, eles podem se envolver em crimes de colarinho branco. Fraudes, desvio de fundos, manipulação de mercado e esquemas de Ponzi são crimes que se alinham bem com seu perfil. Eles se sentem no direito de ter mais, acreditam que são mais espertos que os outros e sua baixa sensibilidade à punição os torna mais propensos a correr riscos ilegais. A falta de empatia garante que eles não se preocupem com as vítimas de seus esquemas financeiros, vistas apenas como peões em seu jogo de poder.

Esses criminosos de colarinho branco são particularmente perigosos porque sua aparência respeitável, seu charme e sua capacidade de manipulação os tornam difíceis de detectar. Eles podem passar anos enganando investidores, clientes e colegas antes de serem descobertos. Quando finalmente expostos, frequentemente negam as acusações, culpam os outros ou argumentam que apenas “jogavam o jogo” que todos jogam.

Abuso Psicológico e Violência Doméstica

Tanto o narcisista grandioso quanto o vulnerável podem ser perpetradores de abuso psicológico. Seu comportamento controlador, a necessidade de minar a autoestima do parceiro para se sentir superior, a manipulação emocional (como o gaslighting, onde a vítima é levada a questionar sua própria realidade) e a raiva explosiva ou o tratamento de silêncio são formas de violência que deixam cicatrizes profundas. O lar se torna um palco para a validação de sua grandiosidade, e qualquer desafio à sua autoridade pode levar a uma escalada do abuso.

O ciclo de idealização, desvalorização e descarte é particularmente prejudicial. A vítima é inicialmente colocada em um pedestal, levada a acreditar que finalmente encontrou alguém que a compreende e a ama. Gradualmente, o narcisista começa a revelar sua verdadeira natureza, criticando, humilhando e controlando. Quando a vítima tenta sair do relacionamento, ela pode ser “reciclada” — o narcisista volta a idealizá-la brevemente para mantê-la presa no ciclo.

O Narcisista Maligno: A Convergência Perigosa

O conceito de narcisismo maligno, embora não seja um diagnóstico oficial no DSM-5, é amplamente utilizado na psicologia forense e na psiquiatria para descrever uma forma particularmente perigosa de narcisismo. Cunhado pelo psicanalista Otto Kernberg, o narcisismo maligno é uma síndrome que combina quatro componentes principais:

  1. Transtorno de Personalidade Narcisista: O núcleo de grandiosidade, necessidade de admiração e falta de empatia.
  2. Comportamento Antissocial: Similar ao Transtorno de Personalidade Antissocial, inclui desrespeito por normas sociais e leis, desonestidade e impulsividade.
  3. Paranoia: Uma desconfiança e suspeita generalizadas em relação aos outros, vendo o mundo como um lugar hostil onde todos estão tentando prejudicá-lo ou diminuir seu status.
  4. Sadismo: Uma característica distintiva onde o indivíduo sente prazer ou gratificação ao infligir sofrimento físico ou psicológico aos outros [22].

O narcisista maligno não apenas ignora os sentimentos dos outros; ele se deleita em sua dor. A crueldade não é apenas um subproduto de sua busca por poder, mas um objetivo em si. Este perfil está frequentemente associado a criminosos violentos, líderes de culto, ditadores e abusadores em série. Eles são calculistas, vingativos e desprovidos de remorso. A combinação de autoadoração narcisista com a agressividade antissocial e a crueldade sádica os torna um dos perfis de personalidade mais perigosos e destrutivos.

Criminosos com narcisismo maligno frequentemente planejam seus crimes meticulosamente, selecionando vítimas que são vulneráveis e fáceis de manipular. Eles podem manter uma fachada de normalidade por longos períodos, ganhando a confiança de suas vítimas antes de explorar ou prejudicá-las. Sua falta de remorso e sua capacidade de mentir convincentemente os tornam particularmente difíceis de processar legalmente, pois frequentemente conseguem manipular testemunhas, investigadores e até mesmo jurados.


Se Proteja

O estudo do narcisismo nos mostra que por trás de uma única palavra existe uma vasta gama de comportamentos e motivações. Do executivo charmoso e arrogante que acredita estar no topo do mundo ao colega de trabalho retraído e amargo que se sente perpetuamente injustiçado, as manifestações são variadas. A ciência nos ajuda a entender que essas diferenças não são arbitrárias, mas enraizadas em perfis psicológicos distintos e, possivelmente, em configurações cerebrais específicas.

Reconhecer os diferentes tipos de narcisismo é mais do que um exercício acadêmico. É uma ferramenta vital para a saúde mental, para a segurança pessoal e para a justiça. Permite que terapeutas adaptem seus tratamentos, que indivíduos identifiquem relacionamentos tóxicos e se protejam, e que o sistema de justiça criminal compreenda melhor as motivações por trás de certos crimes.

Ao olhar para além do reflexo na água, podemos começar a entender a complexa arquitetura da mente que dá forma a essas personalidades e, com esse conhecimento, navegar de forma mais segura e informada em nossas interações humanas.

Referências

[1] Academia do Psicólogo. (s.d.). Quantos Tipos de Narcisistas Existem? Recuperado de https://academiadopsicologo.com.br/transtornos/quantos-tipos-de-narcisistas-existem/

[5] Wink, P. (1991). Two faces of narcissism. Journal of Personality and Social Psychology, 61(4), 590–597. (Referência conceitual para a matéria da BBC: https://www.bbc.com/portuguese/geral-58412229)

[10] Nenadić, I., Lorenz, C., & Gaser, C. (2021). Narcissistic personality traits and prefrontal brain structure. Scientific Reports, 11(1), 15707. Recuperado de https://www.nature.com/articles/s41598-021-94920-z

[11] Intramed. (2021). A neurociência pode ajudar a entender o narcisismo? Recuperado de https://www.intramed.net/content/a-neurociencia-pode-ajudar-a-entender-o-narcisismo

[16] Psicronos. (s.d.). Psicocriminologia: Compreendendo a Mente do Criminoso. Recuperado de https://www.psicronos.pt/artigos/psicocriminologia-compreendendo-a-mente-do-criminoso

[18] Ash, S., Greenwood, D., & Keenan, J. P. (2023). The Neural Correlates of Narcissism: Is There a Connection with Desire for Fame and Celebrity Worship? Brain Sciences, 13(10), 1499. Recuperado de https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10605183/

[20] Miles, G. J., Smyrnios, K. X., Jackson, M., & Francis, A. J. P. (2019). Reward-punishment sensitivity bias predicts narcissism subtypes: Implications for the etiology of narcissistic personalities. Personality and Individual Differences, 141, 108-113. Recuperado de https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0191886919300030

[22] HelpGuide.org. (2024). Malignant Narcissist: Symptoms, Treatments, and Tips. Recuperado de https://www.helpguide.org/mental-health/personality-disorders/malignant-narcissist

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